sábado, 7 de julho de 2007

CAPITULO 2

As análises ateriores a Potter sempre viam o comércio internacional apenas como um comércio entre países, no entanto quem produz são as firmas. Neste sentido que avaliar a capacidade de sobrevivência e competitividade das firmas é uma análise pertinente à da economia internacional.

Normalmente se avaliam as capacidades competitivas das empresas de duas formas: o market share que é uma avaliação ex-ante, ou seja, uma mera observação da fatia de mercado que a empresa detem e as estruturas de custo e capacidade de inovação que é uma avaliação ex-post, ou seja, avalia as respostas da firma e a capacidade de inovar.

Quando Potter avalia a capacidade competitiva de uma firma ele está de olho em cinco forças: potenciais entrantes, produtos substitutos, poder de barganha do fornecedor, poder de barganha dos clientes e estrutura competitiva vigente. Quando Qualquer uma destas cinco forças é elevada temos uma menor lucratividade neste mercado.

Potenciais entrantes são empresas que mesmo não fazendo parte deste mercado, podem vir a participar caso os lucros justifiquem. Contra os potenciais entrantes as empresas se utilizam do que se convencionou a chamar "barreiras a entrada", por exemplo conhecimento tácito.

Produtos substitutos são aqueles que ganham mercado quando o preço de seu produto se eleva, o substituto dos refirgerantes são os sucos em caixa, enfim. Poder de barganha do cliente se apresenta quando existe uma dependência da firma em relação ao seu comprador. A Ford é um cliente com altíssimo poder de barganha, as Casas Bahia Também o são. Poder de barganha do fornecedor se dá quanto mais específico for o insumo, no extremo se pode passar a produzir este insumo ou trocar de produto para driblar o poder do fornecedor. A estrutura de mercado vigente quer dizer em que nível está a disputa pelos consumidores, no mercado de celulares esta é acirrada, no de combústíveis não.

Um poder de barganha elevado pode se dar na exigência de qualidade, mas de uma forma geral observamos como capacidade de pagar menos por certo produto. No caso da Ford, como cliente, temos um poder de barganha tão forte que seus fornecedores se deslocaram de São Paulo para Bahia somente para continuar lhe fornecendo insumos. Pensando em clientes internacionais temos os holandeses que compram café e soja do Brasil, como o produto brasileiro é facilmente imitado, pois se baseia em dotação de fatores abundantes menos importantes como terra e trabalho não especializado sente forte concorrência do resto do mundo fazendo com que seus lucros sejam muito menores que os dos holandeses.

Uma maneira de aumentar os lucros dos produtores de soja e café brasileiros seria verticalizar pra frente, ou seja, em direção ao cliente. No caso do café seria beneficiar e vender, o que implica necessidade de gastos com propaganda e mão de obra especializada. no caso da soja seriapassar a produzir os porcos para extrair o couro que os holandeses vendem para os italianos produzirem sapatos, ou mesmo, no extremo, produzir sapatos como os italianos, hipótese muito menos factível em termos de custos e demanda.

Além de verticalizar pra frente, ou em dire~ção ao cliente, seria possível reduzir o poder de barganha dos compradores através da fidelização e de contratos de longo prazo. Para isso seria necessária uma boa reputação ou mesmo participação acionária do cliente no seu negócio. Sendo assim firmas mais competitivas fazem um comércio internacional mais sadio para o país onde elas estao instaladas.



Neste segundo momento, faz-se uma análise macroeconômica a partir do modelo de Mundell-Fleming, em seguida sãom abordados pontos gerais de economia internacional. Dada uma economia que opera com câmbio flexível, cujo governo adotasse uma política monetária expansionista, partindo de um certo equilíbrio interno´pre-existente, o novo equilíbrio se daria em um ponto intercepto entre IS, LM e BP.



A política de expansão da base monetária deslocaria a curva LM para a direita já que esta sofre infloencia da base monetária e do nível de preços. Ao adotar uma política monetaria expansiva o governo acaba por "deslocar" a curva LM para a direita, em um novo ponto de maior nível de produção e com taxa de juros menor.

Esta menor taxa de juros afugenta os capitais estrangeiros criando um deficit no balanço de pagamentos, reforçado pelo crescimento da renda que faz aumentar as importações.



Considerando um câmbio flexível o governo não intervem no mercado, a desvalorização da moeda local tornará os produtos nacionais mais competitivos no mercado internacional o que estimulará as exportações e inibirá as importações. Esta dinâmica levará a um deslocamento de IS para a direita, interceptando a LM em um terceiro ponto onde o nível de renda é mais elevado que os dois anteriores. Sendo assim a política monetária é eficaz.



Suponhamos agora uma política fiscal com câmbio fixo. Os gastos do governo fazem parte dos termos que alteram a curva IS. Esta se desloca positivamente para um novo ponto de renda maior e maiores taxas de juros que o mecado internacional, ou seja um superávit na conta BP, se tornando um acumulador de moeda estrangeira, ou exportador de capital. Com a maior quantidade de dólares vindas a partir do incentivo gerado por tais taxas de juros, o governo se vê obrigado a comprar dólares emitindo moeda nacional para manter o câmbio fixo. Esta emissão de moeda nacional desloca a curva LM para um novo ponto de equilíbrio onde a renda é mais elevada, sendo assim a política fiscal foi eficaz.



O termo "Déficites Gêmeos" surgem a partir da identidade (I - S) + (X - M) + (G - T) = 0. Correspondem a déficite nas contas corentes e déficite fiscal, ou seja, M>X e G> T. Outro ponto importante a ser abordado é o que se refere a elasticidade- renda das importações. Quanto mais inclinada a curva IS menor a disposição dos nacionais a importar, o que leva a um maior efeito de reduções dos juros no crescimento econômico.



O Balanço de pagamentos de um país reflete a situação deste em relação aos demais. A primeira parte do BP refere´-se as transa~ções correntes, onde temos exportações e importações (balança comercial), os serviços (em grande parte construção civil no esterior) e rendas vindas de remesas de lucros. Supondo um país com déficite em contas correntes, este pode se financiar através de atração de I.D.E., uso de reservas em moeda estrangeira e FMI, além de emprestimos nos bancos privados.



Os investimentos de nõ residentes no país chama-se portfólio. este pode se dar em títulos de renda fixa e títulos de renda variável. Os determinantes do portifólio são: Os custos de transação, a incerteza fiscal e as expectativas de renda.

CONCLUSÃO

Elementos macroeconomicos e microeconômicos são utilizados para orientar as políticas de comércio internacional, formam-se blocos econômicos, países que oferecem mercadorias mais vantajosas ganham e perdem mercados devido a dinâmica global e ao desvio de mercado, por conta das preferências comerciais.

Diante de todas estas coisas é importante ter em mente que aos países de nada adianta as perdas de mercadorias, a fome, os altos custos de certos produtos, enfim todos ganham com uma economia mais aberta. O mundo vem caminhando para tal abertura, mas não deve ser esperada para tão cedo e ainda devem existir os descompassos citados por George Soros no inicio deste artigo.

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